Focalização

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hipnose


A hipnose utiliza a técnica de indução do transe, que é um estado de relaxamento semi-consciente, mas com manutenção do contacto sensorial do paciente com o ambiente. O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pelo terapeuta usando a voz, de forma calma, monótona, rítmica e persistente. Quando o transe se instala, a sugestibilidade do paciente é aumentada; o que requer um elevado nível ético do terapeuta. A hipnose leva então à várias alterações da percepção sensorial, das funções intelectuais superiores, exacerbação da memória (hiperamnésia), da atenção e das funções motoras. Estabelece-se um estado de alteração de estado da consciência, um tipo de estado que simula o sono, mas não o é (a pessoa não "dorme" na hipnose): o eletroencefalograma (EEG) do paciente sob hipnose é de vigília, e não de sono. Não se conhece ainda completamente como a hipnose altera as funções cerebrais. Uma das teorias actuais é que ela afectaria os mecanismos da atenção, em uma parte do cérebro chamada substância reticular ascendente (SRA), localizada na sua parte mais basal (tronco cerebral). Essa área, que também tem muitas funções relacionadas ao sono, ao estado de alerta, e à percepção sensorial, "bombardeia" o cérebro continuamente com estímulos provenientes dos órgãos dos sentidos, provocando excitação geral. A inibição da SRA leva aos estados de sonolência e "desligamento" sensorial e à sensibilidade à hipnose, é geral? Sim. Cerca de 90% das pessoas é hipnotizável pelo menos a nível das necessidades terapêuticas; alguns podem não sê-lo para etapas mais profundas, como de pesquisa pura. Esses 90% têm graus diferentes de sensibilidade: todos eles podem ser colocados sob hipnose, mas isso depende do terapeuta, que tem que realizar um esforço maior ou menor em seu trabalho. E os outros 10%? Bem, como a hipnose depende do estímulo da palavra (débil, rítmica, monótona e persistente), só não entrarão na hipnose os surdos e os totalmente inaptos a compreender a essência mínima do que lhes esteja sendo dito.

Em que problemas emocionais ou físicos a hipnose pode ser usada?

• Na Psicologia: tabagismo, emagrecimento, fobias, depressão, ansiedade, problemas sexuais, alcoolismo, problemas de fala, terapia de regressão de idade, dores crónicos, auto-estima e fortalecimento do ego e melhoras na concentração ou memória.

• Na Medicina: psiquiatria, anestesia e cirurgia, doenças psicossomáticas, ginecologia e obstetrícia, controle de sangramento, tratamento de queimaduras, dermatologia, pediatria (enurese nocturna, pesadelos, timidez e inadaptação), controle da dor, controle de vícios.

• Na Odontologia: medo de ir ao dentista, cirurgia odontológica, bruxismo, controle de sangramento, controle da salivação excessiva e da dor, etc.

Regressões


Regressão - Terapia de Vidas Passadas

A Terapia de Vidas Passadas (TVP) é uma técnica psicoterapêutica transpessoal, que consiste em trazer à consciência, para ser trabalhado terapeuticamente, as recordações de experiências traumáticas de existências anteriores, as quais estejam perturbando nossa vida actual. A causa de toda dor psíquica, de todo comportamento e de toda atitude equivocada radica-se na alma. Assim, a Terapia de Vidas Passadas é o encontro consciente com a alma. Ao nos encontrar com a alma, não só se resolvem as dores que nos perturbam em nossa vida cotidiana, mas também se produz um crescimento interior e uma abertura de consciência que nos leva a compreender o sentido, o porquê e a importância desta vida.

Terapia de Vidas Passadas é algo mais que fazer uma regressão, existindo todo um trabalho terapêutico que deve ser feito durante a regressão. Portanto, uma coisa é fazer uma regressão e outra coisa é fazer uma terapia de vidas passadas. Para que a regressão seja terapêutica devem ser trabalhados os conteúdos emocionais de cada experiência traumática que o paciente está vivendo. "Assim a Terapia de Vidas Passadas é o trabalho da alma, pela alma e para a alma."

O que se pode trabalhar com a TVP?

Basicamente tudo o que é motivo de consulta habitual para um psicoterapeuta pode ser trabalhado com a TVP. Fobias, medos, angústia, depressão, bloqueios, sentimentos de culpa, fracassos reiterados em nível afectivo ou material, perturbações de conduta, agressividade, distúrbios sexuais, problemas nos vínculos familiares ou em relacionamentos, tendência suicida e enfermidades psicossomáticas como alergias, asma, broncoespasmos ou psoríase, entre outras.

A TVP nos dá a possibilidade de limpar as emoções da alma, de nos libertarmos não só dos medos e das dores como também daquelas tendências destrutivas como a violência, a agressividade, o ódio ou a vingança, pois a única coisa que nos causa é um resultado mais doloroso.

Alguns sintomas se resolvem mais fácil e rápido que outros. A frequência e a quantidade de sessões depende de cada paciente e do problema a trabalhar.

Este é um trabalho essencialmente evolutivo, tendo cada pessoa seu ritmo e seu tempo de trabalho, não dependendo assim da quantidade de vezes que se trabalhe, mas sim do tempo interior de cada um e da disposição para aceitar as verdades de si mesmo.

Estas emoções se instalam na alma em forma de energia. Vida após vida, as experiências similares reforçam estas energias emocionais originando assim padrões de conduta, mandatos e crenças, mecanismos de defesa, reacções estereotipadas e uma compulsão à repetição que perturba nossas acções cotidianas.

Frente às distintas circunstâncias que nos leva viver cada dia, reagimos, sem saber, impulsionados por estas emoções não resolvidas de experiências do passado. Sem percebermos, o passado se projecta como uma sombra sobre cada ato de nossa vida, impedindo-nos de viver aqui e agora como um verdadeiro presente.

Para chegar ao fato traumático original não há necessidade de recorrer à hipnose tradicional. Esta não é empregada porque evita o compromisso consciente por parte do paciente e o impede de se fazer responsável por suas acções passadas. A pessoa que está submetendo-se à TVP realiza todo o trabalho em plena lucidez, em Estado Ampliado de Consciência.

Os resultados da TVP independentemente da crença religiosa do paciente. A pessoa é que deve realizar o trabalho que é apenas conduzido e assistido pelo terapeuta.

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE TERAPIA VIDAS PASSADAS


- Como é que se consegue vivenciar outras vidas?

Através de uma hipnose média e ou profunda, onde o terapeuta conduz o relaxamento físico e psíquico com um tom de voz, em geral, calmo e repetitivo, num ambiente tranquilo.

- A hipnose não é perigosa?

Não, pelo contrário, o estado de profundo relaxamento que a hipnose provoca, traz uma sensação de extremo bem estar resultante da obtenção de um melhor equilíbrio fisiológico. É utilizada não apenas para conhecer vidas passadas mas também para redução do stress, tratamento de fobias, dores crónicas, ansiedade, depressão, doenças psicossomáticas, etc. Muitos dizem ter medo de perder o controle ao serem hipnotizados, ou ficarem em “poder” do hipnotizador - nada mais falso . Não é possível ser hipnotizado se não quiser. Toda hipnose é uma auto-hipnose. O hipnotizador só conduz o processo, é um instrumento para auxiliar a obter um relaxamento mais profundo, físico e psíquico.

- Todos conseguem ser hipnotizados?

A hipnose consciente, que é a mais utilizada actualmente, é acessível a qualquer pessoa, desde que ela realmente queira, pois quem está no comando do aprofundamento físico e psíquico, é a própria pessoa. Porém, quando o nível de ansiedade é alto, torna-se mais difícil obter um relaxamento completo, mas com exercícios e prática todos podem atingir o nível de transe.

- A pessoa fica imobilizada durante a hipnose?

Somente se assim o desejar. Em geral as pessoas falam sobre as imagens que vêem, o que sentem, muitos se movimentam, gesticulam para descrever suas sensações, abrem os olhos, riem, choram, mudam de posição. E se algo estiver incomodando no “aqui e agora” ou seja no ambiente do consultório, por exemplo, um insecto voando próximo ao seu rosto, é comum a pessoa espantá-lo com a mão ou sacudir a cabeça e continuar seu relato, permanecendo no mesmo estado de relaxamento ou transe.

- É fácil chegar a esse relaxamento profundo?

Quanto mais a pessoa confiar no terapeuta, estiver interessada no processo e se entregar sem reservas, mais fácil, rápido e profundo será o transe. Em geral, nas primeiras vezes, o relaxamento é mais superficial, pois a pessoa não sabe o que vai acontecer, está um tanto ansiosa. Mas com o tempo e exercícios é bem mais fácil. É comum, depois de algumas sessões, o paciente só pelo facto de rever o terapeuta, já se sentir mais relaxado.

- Todos conseguem ver suas vidas passadas?

O seu inconsciente, ou seu eu interno, está sempre no controle, ou seja, você mesmo controla a situação. Dentro de você, há a resposta sobre o que é importante ver ou não, num determinado momento. Muitas vezes o terapeuta, por mais que tente, não consegue fazer com que você regrida. É o seu eu dizendo que não é o momento adequado, ou você não está preparado para ter essa experiência, ou as respostas de que você precisa não estão em outras vidas. No entanto, segundo estudos estatísticos, somente 40% das pessoas conseguem ter uma regressão a vidas passadas, e só cerca de 10% desses o conseguem á primeira tentativa. Por norma utilizo a hipnoterapia normal durante umas 2 a 3 sessões, afim de se criar uma certa elasticidade mental. Devo dizer que a hipnoterapia ao ser realizada, é já em si favorável a um certo alivio na pessoa.

- Como posso ter certeza de que a experiência foi realmente de uma vida passada?

Esse ponto é muito controverso. Na verdade, certeza absoluta jamais teremos, pelo menos nessa vida... Mas, algumas pessoas pesquisam dados apresentados, como nome de cidades, sua localização, eventos ocorridos em determinadas datas, cartórios com registros de pessoas que viveram em determinada época e muitos casos foram confirmados. Noutros, a pessoa “sente” realmente que está vivendo aquele momento e descobre muitas explicações para sua vida atual. Mas é bom ressaltar que, para a Terapia de Vidas Passadas, a confirmação do fato pouco importa, o que interessa é analisar os conteúdos que o inconsciente trouxe à tona e como isso pode ajudar na resolução das dificuldades dessa vida, a atual.

- Mas isso não pode ser a nossa imaginação?

Pode, e algumas vezes isso acontece e noutras os conteúdos são misturados, como nos sonhos, em que vemos imagens de factos que vivenciamos no dia, símbolos com um significado pessoal, histórias que lemos, cenas de filmes que assistimos e fragmentos de vidas passadas. Na verdade, é muito difícil a história de uma vida passada vir limpa, directa, com início, meio e fim. É como quando fazemos um relato de algo que presenciamos; não descrevemos somente aquilo que observamos, mas também colocamos nosso julgamento, comentários, interpretações, opiniões nossas e de outros. A nossa mente não é fragmentada. O nosso inconsciente guarda diversas impressões, fantasias, memórias, e também sabe o que vai acontecer. Há casos de pessoas que têm projecções, ou seja, vêem o que irá acontecer num futuro próximo ou remoto.

- Nesse caso, a terapia não faz efeito?

Através da Terapia de Vidas Passadas pretende-se resolver bloqueios, angustias, dificuldades que nos afectam nesta vida. Situações que não foram bem elaboradas noutras vidas e que precisam de ser reexaminadas a nível consciente. Se, para resolver determinado problema, o inconsciente trouxe algo fruto da imaginação ou de outro tipo é porque tais conteúdos são importantes naquele momento. O mais interessante é que os problemas são solucionados, não importando se são vidas passadas ou imaginação. Lembre-se: quem tem o controle do processo é o eu interno.

- Não há perigo de se ficar numa outra vida?

Não. Em primeiro lugar, porque não “se vai” para outra vida. A pessoa permanece no presente, sabendo onde está, consciente, ouvindo os sons ao seu redor e tem todo o controle de si. Mesmo se o terapeuta saísse da sala e não voltasse, a pessoa em estado de profundo relaxamento permaneceria assim por um certo tempo e retornaria naturalmente, ao seu estado normal, como se estivesse despertando de um sono.

- É importante o terapeuta permanecer ao lado da pessoa?

Nunca se deve tentar uma regressão sozinho, podem existir bloqueios. O auxílio do terapeuta é importante para conduzir de forma mais objectiva e mais rápida ao fato que originou a situação de conflito. A presença do terapeuta é importante para auxiliar a pessoa, caso ela esteja se sentindo perturbada com algo que vivencie. Isso é possível perceber mesmo que não seja falado, seja pela expressão do rosto, coloração da pele, respiração, gestos e variados sinais. O terapeuta conduz o processo de forma que a pessoa tenha acesso a essas memórias sem envolvimento emocional, se for o caso.

- Lembrando de uma situação de outra vida que tenha relação com o problema actual esse se resolve?

Os conteúdos apresentados devem ser analisados e comentados para se verificar de que forma isso estava bloqueando nossa evolução. Mas, muitas vezes, se a vivência que experimentamos foi a causadora do problema (pode a situação ficar se repetindo em diversas vidas) somente pelo fato de a recordarmos, ou seja, trazermos para a nossa consciência, a solução se concretiza.

- Como é se sentir noutras vidas?

Essa é uma experiência única e pessoal. Mesmo de sessão para sessão pode haver diferenças. Algumas vezes, a impressão é de que se está tendo um sonho muito real. Noutras, é como se víssemos um filme. Em outras, tudo é tão claro e nítido que chega a espantar. Mas sempre é uma experiência enriquecedora.

- Sempre conseguimos reconhecer nossos parentes e amigos nas pessoas que vemos noutras vidas?

Não, nem sempre. Alguns reconhecem com certeza absoluta uma ou outra pessoa, vendo-as até com o mesmo rosto da vida presente (o inconsciente quer que a pessoa seja reconhecida sem dúvida alguma), noutras vezes surgem dúvidas e o reconhecimento é feito por uma determinada característica, ou sensação. Muitos não reconhecem ninguém. Mas, pela experiência, sabemos que importa muito pouco reconhecer ou não. O que interessa é o facto em si, a situação da vida que está sendo apresentada.

- Esse tipo de terapia só pode ser utilizado por quem acredita em vidas passadas?

Qualquer pessoa se beneficia com a terapia, desde que ela seja indicada para o seu caso. Quando não há a crença em reencarnação o processo é conduzido da mesma forma, e o cliente pode considerar os fatos que lhe vem à mente como conteúdos do seu inconsciente, fantasias, imaginação, não importa, o resultado é o mesmo.

- Por que utilizar a técnica de vidas passadas se o problema está nesta presente?

Segundo os espiritualistas, reencarnamos para aprender, crescer, aprimorarmo-nos. Muitas vezes, ficamos repetindo certas situações que nos trazem problemas pelo simples fato de não saber como sair delas, desconhecendo aquilo que é preciso aprender. Ao regredir a outras vidas, fica mais fácil entender o porquê de certas situações. Muitas vezes, estamos tão presos aos sofrimentos dessa vida que nem conseguimos olhar para nosso problema de forma objectiva. Ao investigar outra vida, em que tenhamos passado por uma situação semelhante, tudo se torna mais fácil pois o sofrimento já passou, foi noutra vida, e se consegue analisar o fato mais objectivamente, aprendendo com ele.

- Todos os problemas podem ser solucionados com essa terapia?

Não. Cada caso é único e individual, e é leviano citar distúrbios ou doenças que podem ser solucionados por este tipo de terapia. É necessário conhecer o paciente, seu histórico de vida, sua maneira de ser para poder fazer a indicação do tipo de terapia mais adequada para o seu problema. Nessa hora, a escolha de um bom terapeuta é importante. Esclareça com ele todas as sua dúvidas, pergunte, fale, ouça e responda a si mesmo se, é esse o tipo de terapia ideal para você agora, e se é essa a pessoa que irá ajudá-lo.