Focalização

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Muitas Vidas, Muitos Mestres



Leitura imperdível para quem quer compreender a sua vida e a dos outros...

Leitura imperdível para quem quer fazer Regressão / Terapia a Vidas Passadas

SINOPSE
Como psicoterapeuta tradicional o Dr. Brian Weiss sentiu-se espantado e ao mesmo tempo céptico quando uma das suas pacientes começou a recordar traumas de vidas passadas que pareciam conter a chave de pesadelos actuais e ataques de ansiedade. No entanto, esse cepticismo cedeu quando ela começou a canalizar mensagens do "espaço entre vidas" que continham revelações notáveis. Usando a terapia de vidas passadas foi capaz de curar a paciente e iniciar uma nova fase da sua carreira.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

PORQUÊ FAZER REGRESSÃO


PORQUÊ FAZER REGRESSÃO


A regressão é na realidade, uma porta de acessos ilimitados. Uma questão do tipo: "porquê fazer regressão?", gera uma bola de neve de motivos; de seguida, apresentamos alguns deles.

RELACIONAMENTOS
Algumas das nossas experiências mais difíceis são as que ocorrem no contexto dos nossos relacionamentos, sejam familiares, amizade, trabalho ou mesmo ocasionais.
Muitas vezes relacionamentos desarmoniosos ou doentios que se manifestam na vida atual, têm a sua origem em acontecimentos que ocorreram em vidas anteriores. Quando a causa do problema se encontra fora do espaço temporal da relação atual, isto é, numa relação duma vida passada, grande parte do sofrimento presente pode ser minimizado ou até erradicado. Quanto menos não seja, entendido.
A Terapia de Regressão pode ser assim importante para ajudar no esclarecimento de: o porquê de relacionamentos afetivos (ou outros) problemáticos; o porquê das relações conflituosas na família; as dificuldades na relação com a pessoa amada; o porquê dos ciúmes em relação a todas as pessoas de que gosta; o porquê da necessidade de cultivar um sentimento de posse em todos os relacionamentos.

PERSONALIDADE E SENTIMENTOS
Todos nós conhecemos os nossos traços de personalidade, os nossos sentimentos mais usuais, as nossas atitudes e comportamentos; mas, e compreender a sua origem? Podemos até compreender determinados traços mas há decerto outros que desconhecemos a sua causa. A Terapia de Regressão, pode-nos oferecer respostas categóricas a esta questão. Eis alguns dos exemplos mais frequentes solicitados neste campo:
Entender o porquê de uma ansiedade sem explicação aparente; entender a timidez que já não lhe parece fazer sentido; o sentimento constante de tristeza; entender porque é que tantos pensamentos negativos lhe surgem; entender o sentimento de solidão e / ou abandono que o acompanha sempre; resolver o sentimento de culpa pela morte de determinada pessoa; entender o porquê da dificuldade em demonstrar afeto quando o sente interiormente; o medo de enlouquecer; uma insegurança permanente, uma angústia, uma personalidade agressiva ou a dificuldade em dizer "não"; um sentimento de culpa que não sabe de onde vem. Embora com menos frequência, outros aspetos importantes são:
Entender a falta de perspetivas na vida; o porquê de uma revolta interior inexplicável; entender o porquê de ser invejoso; porque é que todas as responsabilidades recaem sobre si; entender a dificuldade de tomar iniciativas; a baixa autoestima; entender o constante excesso de preocupação; porque é que desiste tão facilmente de um objetivo que se apresente árduo; entender porque é que vive preso ao passado; porque é que o suicídio lhe ocorre à mente sem razão aparente; entender um sentimento forte de saudade, aparentemente desmotivada; entender porque é que não consegue perdoar.
Também o entendimento de outros aspetos que não deixam de ser curiosos, como por exemplo: a dependência de remédios; o porquê da tendência ao perfeccionismo; porque sente necessidade de se lavar constantemente; porque não consegue expressar-se em determinada língua embora domine a sua escrita; a dificuldade de preencher um documento ou um cheque; entender porque não gosta de dançar; a dificuldade em lidar com dinheiro; perceber porque é que não desenvolve melhor as suas potencialidades; entender porque é desorganizado.

COMPREENSÃO DE MEDOS
Todos nós sabemos que o medo nos corta horizontes, desvia-nos de objetivos e impede-nos de agir positivamente em muitas situações, contudo, é perfeitamente normal possuir alguns medos. O que vai definir a necessidade de fazer uma terapia a determinado medo, é a intensidade com que ele influencia negativamente o nosso quotidiano.
Alguns dos mais habituais são: medo do fogo (pirofobia); do escuro (nicotofobia); de multidões (oclofobia); de lugares fechados (claustrofobia); medo de lugares altos; de nadar ou do mar (aquafobia); medo de viajar de avião (aviofobia); medo da morte (necrofobia); do parto; medo de aracnídeos, insetos ou outros animais.
Entre outros menos habituais encontramos: medo da violência, de ladrões e assaltantes; medo da solidão / isolamento (autofobia); medo de conduzir; medo de magoar as pessoas; medo de falar em público; medo de enfrentar novas situações (neofobia); medo de aspetos religiosos (teofobia); medo de perder o(s) filho(s).
Também, o medo de sangue (para possibilitar, por exemplo, o exercício da medicina); medo de atravessar a rua; medo de determinada palavra que constantemente vem à mente. Um medo comum a todas as pessoas é o medo da morte, um tema discutido em pormenor mais à frente.

ASPECTOS LIGADOS A VÍCIOS
Libertar o corpo de um vício pode-se tornar penoso - gastam-se verbas avultadas, por exemplo, em clínicas de recuperação de alcoólicos e toxicodependentes.
Os vícios podem ter raízes profundas, as quais, se compreendidas e devidamente analisadas podem proporcionar que um processo de recuperação, se torne mais eficaz e célere.
A Terapia de Regressão pode oferecer uma vasta ajuda neste campo, por exemplo através da compreensão de: não conseguir parar de fumar ou de beber; não conseguir parar de se drogar; de jogar compulsivamente destruindo a sua vida; ou mesmo, reviver momentos onde perdeu a noção dos acontecimentos por motivo de embriaguez ou drogas.

ASPECTOS LIGADOS AO SONO
Boas noites de sono são importantíssimas na recuperação que ocorre no corpo e na mente humana, em sequência do desgaste que ocorre durante o dia.
Problemas neste campo podem proporcionar diversos problemas tanto a nível físico como mental e tratar os aspetos ligados ao sono, pode ser um fator fundamental para a contribuição do nosso bem-estar diário.
Perceber o porquê das suas insónias, porque é que tantos pesadelos lhe atormentam o sono, porque é que às vezes se vê fora do corpo ou porque é que sente uma pressão no mesmo enquanto dorme ou entender o porquê de frequentemente acordar exausto, pode proporcionar o corte radical de um problema que se pode avolumar com o passar do tempo resultando em problemas eventualmente mais gravosos.
SEXUALIDADE

Para muitas pessoas, um dos temas de maior embaraço e complexidade, é a sexualidade. Muitas pessoas, preferem refugiar-se nos seus problemas, não os tratando e consequentemente alimentando a sua evolução.
Há contudo pessoas que têm "coragem" de expor as suas dificuldades e dessa forma tentar resolver algo que as atormenta. Alguns desses problemas podem ser: dificuldade no desempenho sexual acompanhado por um sentimento de insegurança; a ejaculação precoce; a frigidez e / ou a insatisfação no ato sexual.
Outros aspetos podem também ser trabalhados na Terapia de Regressão: descobrir o porquê de determinada tendência sexual ou de determinadas atitudes relacionadas com a sexualidade.

PROBLEMAS FÍSICOS E DOENÇAS
É já um facto comprovado que a mente influencia o funcionamento do corpo físico, provocando sintomas, doenças e em última instância, mesmo a morte. Médicos constatam a todo o instante o quanto é importante para a cura, um paciente ter uma atitude de "querer viver" e como pode ser letal a atitude "já não adianta".
O que é formidável explorar com a Terapia de Regressão é que por vezes as causas das doenças vêm de um passado remoto; que por exemplo, uma dor sem explicação convencional na zona do peito pode ter como causa uma morte violenta numa vida passada e não propriamente por um funcionamento impróprio de determinado órgão na vida atual. Apesar disto, determinado sintoma, pode ter origem em determinado padrão de comportamento ou pensamento da vida atual e nestes casos pode ser importante descobrir também a semente desse padrão.
Geralmente são dores ou sintomas para os quais a medicina convencional não encontra respostas, problemas sobre os quais os exames e as análises clínicas não elucidam. Alguns dos casos mais frequentes são: dores localizadas e aparentemente desmotivadas, alergias, dores de cabeça constantes e a um nível mais profundo, quistos no peito e vários tipos de cancro.
Casos menos frequentes, dado que aqui a medicina convencional responde de uma forma mais efetiva, podem também surgir: descobrir o porquê de uma bronquite asmática, de uma sinusite, da miopia ou estrabismo; o porquê de ressonar; o porquê de problemas de audição, de problemas de estômago, de quistos nos ovários; o porquê de não conseguir engravidar, do cancro na mama; o porquê dos problemas intestinais, da incontinência urinária; entender o porquê da gaguez ou o porquê de falta de memória. Também, alguns casos mais curiosos como por exemplo, o porquê de uma sensação frequente de ter os pés a queimar.

OBESIDADE E EMAGRECIMENTO
Presentemente é dada muita relevância à herança genética relativamente à tendência para se ser magro ou para engordar. Cabe dizer que embora possa existir na realidade essa tal herança, ela não passa de uma tendência e uma tendência não é uma certeza.
As tendências não são inevitáveis, irresistíveis ou irreversíveis e com o auxílio de uma Terapia de Regressão, com uma compreensão da causa, a cura pode acontecer tal como acontece com outro caso qualquer.
Compreender a compulsão ou repulsa pela comida, ou a dificuldade de emagrecer ou engordar, são casos onde a Regressão pode prestar um serviço complementar importante.

ASPECTOS PROFISSIONAIS
Embora com bastante menor frequência, existem pessoas que através da Regressão podem ser ajudadas nos seus aspetos profissionais.
Por exemplo, entendendo o porquê da sua vocação profissional, porque é que se encaixa tão bem na área de atividade que desempenha, ou opostamente, entender o porquê da frustração com a profissão atual.

OUTRAS DESCOBERTAS
Por fim, nem só para resolver ou entender problemas se recorre à Regressão; muitas portas para descobrir muitas coisas bonitas sobre nós, esperam para serem abertas.
Este é um aspeto deste método que deve ser devidamente observado e sobre o qual devemos dar uma atenção particular. Podemos aprimorar qualidades, despertar determinado traço de personalidade ou aperfeiçoarmo-nos como seres humanos.
Podemos por exemplo conhecer a nossa missão desta vida e assim entender porque vivemos aqui e agora; descobrir como "queimar" a nossa dualidade e consequentemente a ilusão do Eu Superior e do Eu Inferior, aprimorar ou resgatar o gosto pelas artes ou desenvolver a compaixão, a simplicidade, a humildade ou o amor incondicional.
Também, descobrir porque se "sente em casa" em determinado local ou porque sente tanta vontade de conhecer determinado local. Descobrir de onde conhece determinada pessoa que aparentemente (não) viu pela primeira vez, o caso vulgarmente conhecido como "dejá vu".
Ou ainda, e não menos interessante, descobrir regiões ou espaços desconhecidos da nossa experiência coletiva, descobrir novos métodos de ajudar o ser humano e contribuir para a evolução espiritual da humanidade.


Foto : http://www.romildopsicologo.com.br/atendimento/regressao-de-idade/l

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A medicina aprova a hipnose

Hospitais usam o método no tratamento de sintomas de doenças como cancro, asma ou insónia…
Primeiro foi a acupuntura. Agora, é a vez de a hipnose ser finalmente reconhecida e adotada pela medicina. O método começa a figurar entre o arsenal de recursos oferecidos por instituições de renome no mundo todo. É usado, por exemplo, no Memorial Sloan- Kettering Cancer Center e no M. D. Anderson Cancer Center, dois dos mais importantes centros de tratamento e pesquisa da doença, para diminuir efeitos colaterais da quimioterapia, como a fadiga e a dor. Também é utilizada no Hospital de Liège, na Bélgica, como opção de analgesia. No Brasil não é diferente. Já faz parte da rotina de serviços de primeira grandeza como o Hospital A. C. Camargo, de São Paulo, especializado na luta contra o câncer, e ganhou espaço no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP), a instituição que serve de escola para os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As indicações também são amplas.
Só para citar algumas, além do câncer: dor crônica, transtorno do pânico, asma, tensão pré-menstrual, enxaqueca, analgesia em procedimentos dentários, alergias, problemas digestivos de fundo nervoso, fobias e insônia.
Esta entrada definitiva da hipnose pela porta da frente da medicina não ocorreu por acaso. O movimento está sustentado por uma gama de estudos comprovando sua eficácia nas mais variadas enfermidades. Um dos mais recentes foi conduzido na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e provou que o método pode ser usado com sucesso no diagnóstico de crianças com epilepsia. Os cientistas queriam saber se as oito participantes tinham mesmo crises da doença ou manifestavam os sintomas - muito parecidos com os provocados pela enfermidade - por causa de outros fatores, como stress profundo. Eles levaram as crianças a um estado hipnótico e as fizeram imaginar que estavam tendo uma crise. Enquanto isso, elas eram monitoradas por aparelhos de exame de imagem. Em todas, as áreas ativadas durante o transe não foram as tradicionalmente associadas à epilepsia. A conclusão foi a de que as crianças de fato não tinham a doença. Agora, os cientistas querem ensinar os pequenos a evitar as crises usando a hipnose.
Outro trabalho de resultado expressivo foi apresentado no congresso do Colégio Americano de Pneumologia, realizado no final do ano passado nos Estados Unidos. Coordenado por médicos do Massachusetts General Hospital, o estudo revelou que pacientes hospitalizados com doenças cardíacas submetidos a apenas uma sessão de hipnose tinham maiores chances de vencer a luta contra o tabagismo após seis meses do que aqueles que usavam adesivos para repor a nicotina. "Constatamos que a hipnoterapia está entre as melhores opções terapêuticas contra o cigarro", afirmou Faysal Hasan, líder do trabalho. No Beth Israel Deaconess Medical Center e na Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), pesquisadores constataram que a técnica tornou mais confortável e menos dolorosa a realização de biópsia de nódulos de mama. "A hipnose ajuda muito a diminuir o stress das mulheres que precisam passar por essa experiência", disse Elvira Lang, professora de radiologia de Harvard. No Brasil, as pesquisas sobre os possíveis benefícios também começam a proliferar. Na Faculdade de Medicina da USP, campus de Ribeirão Preto, os médicos verificaram seu efeito como terapia auxiliar contra a dor de cabeça persistente. "Os resultados foram muito promissores. A hipnose pode ser um tratamento coadjuvante nesses casos", afirma o neurologista José Geraldo Speciali, professor do departamento de neurologia da universidade.
Conclusões como essas estão motivando investigações mais profundas sobre os mecanismos pelos quais o método produz resultados. A explicação mais plausível obtida até agora é a de que a hipnose provoca modificações profundas no funcionamento do cérebro, alterações essas documentadas por exames de imagem precisos e sofisticados. Os achados derrubam por terra, de vez, a associação equivocada da técnica com algo místico, esotérico. Não é nada disso. Hoje, o conceito médico de hipnose é claro: trata-se de um estado alterado de consciência induzido por profissionais capacitados. Nesse estado, há mudanças nos padrões das ondas cerebrais e várias estruturas do órgão são ativadas com maior intensidade, em especial as relacionadas à memória e às emoções.
O objetivo é atingir um nível máximo de atenção para extrair da mente o que for preciso para ajudar no tratamento, aproveitando que as condições cerebrais obtidas deixam o paciente com maior abertura para ser sugestionado. "A pessoa desvia a atenção dos estímulos externos e a crítica diminui. Ela passa a entender e aceitar melhor as sugestões dadas pelo hipnólogo", explica o médico Osmar Colás, coordenador do grupo de estudos de hipnose do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Um trabalho muito interessante comprovou quanto os indivíduos de fato ficam abertos à sugestão, chegando a enganar o próprio cérebro nesse processo. O neuropsicólogo Stephen Kosslyn, da Universidade de Harvard, induziu voluntários hipnotizados a enxergarem cor em um painel totalmente cinza. Nos exames de imagem, verificou que as áreas cerebrais ativadas foram exatamente as acionadas para a percepção de cores variadas. "Isso prova que o cérebro se comporta de acordo com as sugestões", afirmou o cientista à ISTOÉ.
Um exemplo prático desse processo pode ser visto nos passos tomados para o tratamento da dor. "É preciso fazer com que o paciente saia do foco da dor. Por meio da hipnose, ele deve ser levado a se concentrar em estímulos de relaxamento e sensações prazerosas, fazendo com que se esqueça o máximo possível da sensação de desconforto", explica a psiquiatra Célia Lídia Costa, do Hospital A. C. Camargo. Mas essa não é a única possibilidade. "Pode-se modificar a percepção de uma dor intensa para uma sensação de peso ou formigamento ou reduzir o tamanho da área dolorida para apenas uma parte", diz o clínico e psicoterapeuta João Figueiró, do Centro Multidisciplinar de Dor do HC/SP. De acordo com David Spiegel, pesquisador do Instituto de Neurociência da Universidade de Stanford, a alteração no entendimento do que ocorre também traz outro benefício, além de maior conforto: "O método reduz a ansiedade que normalmente acompanha os episódios de dor", afirmou o cientista à ISTOÉ. Um alerta importante: os profissionais sérios jamais tratam dores cujas causas não tenham sido identificadas.
Contra as fobias, o mecanismo de mudança do entendimento é o mesmo. "Se a pessoa tem medo de avião, peço que se visualize em um aeroporto entrando na aeronave. Ela vivenciará esse momento de forma nítida e sem medo", diz o psicólogo José Roberto Leite, da Unifesp. No caso de sua aplicação para tratar o stress pós-traumático, o objetivo é ajudar o indivíduo a modificar sua visão do evento responsável pelo trauma - um assalto, por exemplo. "Procuramos dar um novo significado ao que aconteceu, para que a sensação de medo ou ansiedade associada ao fato não apareça mais", explica o médico Luiz Carlos Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria. O treinamento constante permite que o indivíduo aprenda a se autohipnotizar nos momentos necessários para superar as situações desencadeantes dos problemas.
O momento atual da hipnose marca uma virada importante para uma ferramenta cuja história foi pontuada por altos e baixos. Um dos primeiros registros de sua utilização é na Antigüidade, pelos egípcios. No entanto, o olhar mais científico só começou no século 18, com pesquisas feitas pelo médico austríaco Franz Mesmer. No século seguinte, o inglês James Braid definiu o transe como um "estado de sono do sistema nervoso". Por isso, cunhou o termo hipnose, que vem do grego Hypnos, o deus do sono. Posteriormente, porém, Braid se arrependeu da criação ao verificar que hipnose e sono são coisas diferentes. No século XX, o austríaco Sigmund Freud, o criador da psicanálise, usou o recurso no tratamento da histeria, mas o abandonou. O resgate da técnica só veio anos depois, na Primeira Guerra Mundial, como opção de analgesia durante cirurgias realizadas nos campos de batalha.
Durante todos esses anos, entretanto, charlatões se apropriaram do método e o usaram como um rentável atrativo para shows em circos e programas de televisão. Infelizmente, para muita gente essa ainda é a idéia de hipnose. No entanto, basta conhecer um profissional sério e que usa a técnica com finalidade médica para esquecer a imagem caricata de um hipnotizador de aparência exótica, capaz de transformar seu paciente em um zumbi. Primeiro porque o pêndulo deixou de ser o instrumento preferido da maioria dos médicos. Hoje, grande parte das induções é feita por meio de relaxamento dirigido por palavras ou toque em pontos específicos da face, entre outras técnicas (usam-se ainda, é verdade, recursos como um pingente de cristal, nos casos em que o paciente responde bem a estímulos visuais). Outro equívoco é imaginar que qualquer um pode ser hipnotizado de uma hora para outra, mesmo contra sua vontade. "Pessoas muito sensíveis podem entrar no estado hipnótico sem perceber, mas é raro. Normalmente, quem não quer, resiste, e não entra em transe. Além disso, aquele que deseja sair do estado hipnótico pode demorar um pouco, mas consegue", diz o médico Colás.

Colaborou Adriana Prado
Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/11418_A+MEDICINA+APROVA+A+HIPNOSE